José Flávio de Oliveira Magalhães é natural de Sertânia,formado em Letras,Pós-Graduado pela UPE atualmente é Professor de Artes e Inglês na ETE (Escola Técnica Estadual Arlindo Ferreira dos Santos) Fundador e Diretor da Cia. Teatral Primeiro Traço, um dos fundadores dos Jornais; Ângulo, Boca e Placenta, atualmente fundou o Informativo Sertão das Artes é menbro do Jornal de Poesias Cabeça de Rato e tem um livro publicado Anjo Urbano em 1999, sua obra conta o Sertão - Universo, lírico. psicodélico, concretista, como também mostra sem reservas as dores,as solidões e os gozos da vida.
O beijo da Medusa Absorveu a fragrância As estrelas paralisadas Perderam-se no caminho Do desejo...
2-A Esmo
Um dia saí em busca De uma mulher perfeita De um amor real De um mundo melhor... Nesta busca Tornei-me poeta Mergulhei num sonho... Com o tempo senti que Tudo isso é mais uma ilusão No interior de cada pessoa... Acordei,tarde demais Tinha me tornado poeta.
3--Retrato Falado
(A Fernando Pessoa)
Múltiplas palavras Jogadas no liquidificador Dos espelhos... Não sou mais eu... Quem sou eu? Um caleidoscópio De eternas utopias...
4-Caminhos do Sol
Banquete de angústias Sem verbos,sem sabor Despertam analgésico Estado da caatinga Sonhos a galope Aridamente germinam Esperanças,sertão Desse chão seco Onde sobrevive a estética Doce e amargo
5-- Sem Volta...
Olhos pedrados arrancaram do fundo do peito todas as teias nevrálgicas da passagem. O cansaço O silencio O frio Parte mais difícil Penso em desistir Em transe O fígado fatigado Enche a mala ferida Sentado no meio fio do semáforo Comicamente é o fim Pego uma carona Penso em recuar Não há saída Não estarei de volta Ponto final...
Abaixo, o poema Horas Vivas, de Machado de Assis: Noite: abrem-se as flores... Que esplendores! Cíntia sonha amores Pelo céu. Tênues as...
CARTA DE VAN GOGH A ANTONIN ARTAUD
Hoje peguei a navalha
Dei um corte na paixão
Sangrei lentamente meu destino.
Descobri que sou real, eterno
Mandei minha orelha para Eros
(Inventei a crueldade)
Deste Teatro, a vida
Onde os anjos tomam absinto
Agradeço tudo a Theo...
Quando leres esta carta
Não estarei pintando girassóis...
Não importa se não vendi
Nenhum quadro
Eles não valem tanto
quanto minha alma
que deixei naquele quarto
em Arles...
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